31 de abril

31 de abril

Depois do que aconteceu, já não sei se consigo me reconectar ao passado. Minha cabeça está tão cheia de gritos, minha boca coça em pensamentos e eu sou subitamente apanhado por uma vontade enorme de correr para os seus braços.

31 de abril agora é ontem. E o ontem já passou. Hoje comemora-se a verdade, aquela que nós (re)começamos a construir a um ano. Hoje podemos pensar em uma espiral ascendente que atingiu seu novo nível, o que eu achava meio impossível até então.

O meu presente urge ser tocado. Como você me encosta palavras como aquelas e quer que eu faça meus exercícios de matemática? Acariciar daquele jeito deveria ser crime. E eu deveria ser preso.

Mas eu faço bem a minha lição. Compareci à rua Alcides Rossini, como combinado. Posso dizer, sem a cara queimar, que gosto de ser um criminoso. Que cara de pau.

Mas, sério, explodo de felicidade. Aladin foi uma maravilhosa lembrança, que vem significar, mais uma vez, que os sonhos e o pragmatismo têm esperança de conciliação.

Amor.

30 de março

30 de março

Mal sabia eu que faltavam dois dias. Dois dias pra o mundo convergir pra uma nova etapa em nossas vidas. E o mundo assim o fez.

Nesse dia eu já tinha traçado exatamente o que iria fazer. Nem me importava, nem me dei conta de que a data cairia no dia das mentiras. Isso pra mim era menor; a verdade era resplandescente e vigorosa, e ecoava de forma constante em meus ouvidos.

Também foi uma época de muito trabalho... Um trabalho muito gostoso, por sinal. E que rendeu bons frutos.

Comparo hoje os planos de outrora aos atuais... e percebo que eles são fluidos que escapam da mesma pessoa. O mesmo sonhador e calculista de sempre.

29 de março

29 de março:

Sabe Deus o que significava 29 de março pra mim ano passado... Eu sei. A ansiedade crescia exponencialmente, e eu mal sequer tinha meios pra expressar o que eu sentia. Àquela altura provavelmente eu já tinha um plano traçado. Envolvia um clube, e um cordão. E uma surpresa... das grandes.

Às vezes me pego pensando o que significa a nostalgia... E por que sempre que quero olhar pro futuro, dou uma passadinha pelo passado, que de vez em quando insiste em virar grande.

28 de março

28 de março:

A um ano atrás eu estava, nesse dia, também pensando em você. Acho que estava fazendo planos de como pediria você em namoro. Lembrando dos momentos que havíamos passado em BH. Dos primeiros momentos. De como eles eram.

E, algum tempo antes disso, o que marcou foi o telefonema. Eu estava na cama da casa do Afonso, e você na praia. Mal lembro do que falamos. Lembro do que eu sentia. Lembro que ainda havia dúvidas. E eis uma diferença de lá pra cá.