A senhora, gatamente, entra na lojinha de conveniência
O gerente, ele mesmo, estressado búfalamente, resmunga,
Com ares de pitbull: O que quer!?
Ah, mas ela só queria, cachorrinhamente, uma informação
Com um embrulho de carinho, como quer todo cão
E o senhor, cavalarmente, expulsa as palavras da boca
Mastiga, leoninamente, a raiva, e esquece, de supetão
De pronunciar bem o que diz.
Esquece-se peixamente dos bons-costumes
Que seu pai não lhe ensinou.
Lembra-se, aguiamente, do dinheiro que não empunhará
E, com veneno de coral, arma-se em frente à senhora
Arma dita, como o mais feroz latido,
Tangibilizou-se em xingamento, sincero (e porco) como urubu
O que fez a dona de casa, ratamente
Voltar, como macaco abatido, para o
Carinho e calor de seus animaizinhos.
domingo, 25 de abril de 2010
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