segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cores algozes

Artes e atalhos
Maravilhas de (minha) colcha de retalhos
São algozes que eu não consigo evitar
Não posso evitar

Vermelhos e atritos
Brilham sob qualquer estação
(a primeira parte é branca?)
Fazem de mim
Um eu mudo e incolor

Como dizer dos outros
Cores e artes e atalhos invisíveis?
Materialização é carne
E eu não a compreendo bem.

Ao dia em que entender
A mudeza quente-fria da carne
O regresso à minha negra escrita tornará-se
Colorindo-a, talvez.

Procurar entender o vermelho
Para descobrir, quem sabe, o branco por de trás.

- A única certeza que ainda possuo é a de que sou hábil em certezar apenas sobre mim mesmo.

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